Prefeitura alega demora na entrega dos imunizantes da Astrazeneca, mas Secretaria de Saúde do Paraná rebate e diz que doses para segunda aplicação foram enviadas; atraso passa de 20 dias. Moradores que deveriam ter recebido segunda dose no dia 18 de outubro não foram imunizados
Jonathan Campos/AEN-Paraná
Mais de 1,5 mil moradores de Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba, estão com a segunda dose da vacina contra a Covid-19 atrasada, do imunizante Astrazeneca, segundo a prefeitura.
Há pacientes que deveriam ter sido vacinados no dia 18 de outubro e não foram atendidos. A administração municipal alega que o problema se dá pela não entrega de novas remessas pela FioCruz, que produz as doses.
A prefeitura informou, ainda, que enviou ofício a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), no dia 11 de outubro, alegando a necessidade de novos imunizantes. A secretaria, por sua vez, disse que quando as doses para primeira aplicação são enviadas, a segunda dose está assegurada, conforme o tempo preconizado pelo Ministério da Saúde (MS).
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Com isso, de acordo com a Sesa, as vacinas para a segunda dose foram distribuídas e pode ter ocorrido um manejo equivocado na utilização delas como primeira aplicação, o que teria causado o atraso. A previsão, de acordo com o órgão, é que uma nova remessa de vacina da Astrazeneca chegue na semana que vem, segundo o ministério.
Espera
Embora o atraso não atrapalhe na eficácia da imunização completa, segundo o Ministério da Saúde, o receio dos moradores é de não estarem com a proteção em dia.
A analista comercial Jolene Camargo, de 35 anos, moradora do bairro Jardim Paulista, deveria ter completado a imunização no dia 18 de outubro.
“É um atraso grande e é necessário cobrar o município, porque alguma coisa precisa ser feita. A gente sempre ouve que precisa da segunda dose para ter a eficácia completa e estamos esperando”, afirmou Jolene.
Carteira de vacinação de Jolene mostra que segunda dose deveria ter sido aplicada em 18 de outubro
Arquivo Pessoal
O marido de Jolene, Diogo Dalla Vechia, de 38 anos, também deveria ter recebido a segunda dose há mais de 20 dias.
“Ele recebeu a primeira dose no dia 27 de julho e eu no dia 28. Estamos aqui na espera, mas até agora nada”, disse Jolene.
O operador de máquinas Bruno Henrique da Rocha, de 33 anos, mora no bairro Jardim Ipanema. Ele deveria ter recebido a segunda dose no dia 19 de outubro, conforme a carteira de vacinação.
“Muitas pessoas ainda não tomaram a segunda dose e até então a gente não tinha uma resposta. A preocupação é muito grande”, descreveu.
Ministério da Saúde
A reportagem entrou em contanto com o Ministério da Saúde para confirmar a previsão de chegada de uma nova remessa de Astrazeneca ao Paraná para semana que vem, conforme informado pela Sesa. Até a publicação desta reportagem, o g1 não havia recebido retorno.
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